Boa noite,
Eu tomei a liberdade de fazer deste blog um diário, do qual tenho sido pouco fiel. Por isso tomo essa liberdade de avisar, perdi alguém insubstituível na minha vida. Não desejo falar do que ele é pra mim, mas de quem me tornei ao ter perdido ele. A sensação é de sobriedade, de perdão e de fé, principalmente, de fé. Da qual muitos revelam mover montanhas. A sobriedade me fez perceber as máscaras que a tristeza profunda põe no nosso rosto, desde antes da perda do meu avô, eu já me vestia dessas máscaras, das quais me foram colocadas pela falta de perdão e fé. Sinto que hoje muitas delas estão caindo. Percebo que tomei um tempo pra mim, pra que eu deixasse de ser eu mesma, me escondesse de alguma forma. E isso não é um ato feliz, não quero máscaras, quero ser eu. Agradeço do quão proveitoso é o sofrimento, agradeço pela fé que mesmo pouca nunca esteve ausente e pelos que aprenderam a esperar a minha volta. Gostaria de dizer que estou voltando, sem máscaras, sóbria e com mais cicatrizes.
C.A.